Sobre o que encontrei na Umbanda...

Pela primeira vez, vou exigir uma coisa para quem estiver disposto a ler esse texto: RESPEITO!! Sem isso, nem adianta gastar tempo lendo este texto, que, apesar de singelo, é cheio de amor e gratidão!!

                Mais uma vez, vou abrir aqui meu coração. Estou ciente de que muitos não me entenderão, por isso irão me julgar e até se afastar de mim. Mas não acho justo esconder algo que tem me feito tão bem.

                Sou espírita e me sinto muito bem assim. Não há palavras para expressar a gratidão que sinto por tanto conforto e tanta paz que o Consolador me traz.

                Mas hoje não consigo e nem posso ser indiferente à Umbanda e às coisas maravilhosas que tenho descoberto graças a ela.

                O próprio kardecismo me apresentou aos poucos à Umbanda. Sempre julguei sem conhecer essa religião tão simples e tão linda.

                Não conhecia nada. Achava que era “macumba”, “magia negra”, “Saravá” e ponto final.

                Mas depois de ver Chico Xavier falando com tanto carinho sobre a Umbanda, comecei a mudar minha visão, pois se Chico tinha tanto carinho por ela, ruim não poderia ser.

                Uma das minhas melhores amigas, que inclusive dividiu o banco do Centro Espírita comigo várias vezes, encontrou sua missão nessa humilde e preciosa religião.

                Ela me convidou para ir até o centro onde ela trabalhava que ficava pertíssimo do meu antigo emprego. Mas por medo e preconceito, nunca fui.

                Até que, em uma sexta-feira, estava voltando para casa após o trabalho e encontrei esta amiga em um cruzamento e ela estava indo para este centro. Vi que o encontro não foi por acaso e fui para lá junto com ela.

                Fui com medo e curiosidade, por isso não consegui me concentrar. Ficava pensando no que iria acontecer lá, em qual desculpa dar em casa, afinal minha chegada estava prevista para 19h30 e aconteceu às 23h.

                Mesmo assim, me senti muito leve, tomei passei, bati palmas durante os pontos. Acabando a gira, fui embora e fiquei bem por muitos dias. Isso aconteceu em julho do ano passado. Nunca mais voltei a este centro, mas acompanho tudo o que acontece lá através das redes sociais.

                Bom, aí comecei a frequentar religiosamente o Centro Espírita Boa Nova, aonde vou até os dias de hoje, todas as segundas e sextas-feiras.

                Continuei pesquisando sobre a Umbanda. Mas me sentia perdida, não sabia por onde começar, aliás, ainda preciso estudar muito, tanto sobre o Kardecismo quanto sobre a Umbanda.

                Em uma das pesquisas, achei um resumo do livro “Tambores de Angola”, do Robson Pinheiro. Achei interessante e comecei a ler o livro.

                Foi uma leitura rápida, li em três dias. E mudei ainda mais a minha visão.

                Neste período, minhas amigas já estavam cansadas de me chamar para ir até o centro que elas frequentam, localizado em Atibaia, no interior de São Paulo.

                Mas eu estava relutando para ir. Resumindo, há dois meses, elas tiveram que me dar um “aperto” e vários “puxões de orelha” para que eu aceitasse conhecer.

                Senti que era o momento e fui. Durante o trajeto até Atibaia, fui resmungando, perguntando toda hora se já estávamos chegando, e com medo.

                Mas ao chegar ao centro, já fui recebida com muito carinho. Quando o trabalho teve início, fui me soltando, relaxando e as únicas coisas que eu sentia naquele momento era amor, paz e, sem dúvida, a presença de Deus. Não vou descrever os rituais, nem o que me foi falado pelas entidades, até porque não me é permitido.

                Mas só consigo enxergar Caridade e Bem. Aprendi a respeitar muito a Umbanda e me arrependo por tê-la julgado durante tanto tempo, sem conhecer a doutrina.

                A cada dia, tenho a certeza de que Deus é único e que se encontra realmente onde estiverem pessoas unidas pelo Bem Maior, independentemente da religião.

                Agradeço a Deus por tantas coisas boas que tem me dado e pelo discernimento, ainda que pequeno.

                Tenho muito que aprender ainda, mas meu coração e minha mente estão abertos!

               

Bom... Escrevi este texto no domingo e mandei para minha amiga Vanessa revisar. Agradeço a ela pela atenção!! ;)

Meu respeito e minha gratidão à Umbanda e a Deus, que está em todos os templos e em todos os lugares onde o Bem reinar!!